14.3.11

Projeto MPLS e OSPF – Parte 3

MPLS

Diferentemente do roteamento tradicional onde os roteadores da rede devem manter tabelas de possíveis caminhos que os pacotes devem percorrer, além da utilização de algoritmos complexos para determinar os mesmos, o MPLS (Multiprotocol Label Switching) surge como uma solução para reduzir esse processamento, utilizando simples trocas de rótulos (Labels) como principal modo de encaminhamento.

O MPLS propõe a comutação sobre qualquer rede, onde os dados aprendidos pelos protocolos de roteamento são agregados a circuitos virtuais criados pelo MPLS.

Esse método se diferencia pela simplicidade dos algoritmos de encaminhamento, velocidade no processamento, facilidade de gerenciamento, independe dos protocolos de camada de enlace ou rede, reduz despesas com equipamentos poderosos, pode diferenciar fluxos de dados por aplicações ou dispositivos, compatível com tecnologias de roteamento e sinalização existente. Também provém alternativas tal como, redes virtuais privadas VPN (Virtual Private Network), QOS (Quality of Service) do início ao fim, Engenharia de Tráfego, Serviços Diferenciados (DiffServ).

Existem várias terminologias MPLS que vale uma posterior “papirada”. Entretanto, devemos destacar na topologia os roteadores LER (Label Edge Router) da borda da nuvem, são eles Brasília e Curitiba, esses caras são responsáveis pelo processamento pesado, a inserção e a retirada dos rótulos MPLS e a definição de prováveis caminhos, geralmente são roteadores de alto-nível. Já os LSR (Label Switching Router) ficam com a incumbência de transportar os rótulos dentro da nuvem, são eles SP, BH e RJ.

Segue abaixo a configuração extremamente básica para habilitar a troca de rótulos dentro da nuvem MPLS. O MPLS provê várias diversas outras possibilidades quando somado com outras tecnologias e técnicas de configuração.

ROUTER CURITIBA

CURITIBA(config)# ip cef

!

CURITIBA(config)# interface serial 2/0

CURITIBA(config-if)# mpls ip

!

CURITIBA(config)# interface serial 3/0

CURITIBA(config-if)# mpls ip

!

CURITIBA(config)# interface serial 4/0

CURITIBA(config-if)# mpls ip

!

ROUTER SP

SP(config)# ip cef

!

SP(config)# interface serial 1/0

SP(config-if)# mpls ip

!

SP(config)# interface serial 2/0

SP(config-if)# mpls ip

!

ROUTER BH

BH(config)# ip cef

!

BH(config)# interface serial 1/0

BH(config-if)# mpls ip

!

BH(config)# interface serial 2/0

BH(config-if)# mpls ip

!

ROUTER RJ

RJ(config)# ip cef

!

RJ(config)# interface serial 1/0

RJ(config-if)# mpls ip

!

RJ(config)# interface serial 2/0

RJ(config-if)# mpls ip

!

ROUTER BRASILIA

BRASILIA(config)# ip cef

!

BRASILIA(config)# interface serial 2/0

BRASILIA(config-if)# mpls ip

!

BRASILIA(config)# interface serial 3/0

BRASILIA(config-if)# mpls ip

!

BRASILIA(config)# interface serial 4/0

BRASILIA(config-if)# mpls ip

!

Quem tentar reproduzir esse cenário precisará de uma bela máquina ou então prepar um café e ter muita paciência (meu caso), pois estamos trabalhando com protocolos robustos como OSPF e MPLS!

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